Imagem do Google |
Lendo um
artigo do Prof. Hélio Baragatti Neto de Inhumas, percebi sua preocupação com
relação à Cultura naquele município, minha terra natal. Conversando, com a
Presidenta da Academia de Letras, Ciências e Artes (ALCAI) dona Umbelina Frota,
fiquei a par do mesmo assunto. Num contato, com o Prof. Gleidson Moreira (Pres.
do Instituto Histórico e Geográfico de Inhumas - IHGI), o mesmo expôs a
condição da cultura na terra inhumense. Coincidência? Não. Parece que todos
convergem para o mesmo ponto.
Entretanto, não
obstante da condição política porque vivem a cidade e a população de Inhumas e,
embora de lá tenha me afastado de seu cotidiano, não se pode negar o reflexo da
crise de seu setor cultural que se tem anunciado nos últimos anos. Eis onde o ponto
em que a Cultura se entrava.
Quando Hélio
Neto diz em seu artigo que Inhumas é, historicamente, um “Ponto de Passagem”
cuja situação da cultura vem se recrudescendo, comparo e vejo que o município
de Goianira se encontra em busca de ser ao menos um ponto de cultura, na
luta quase que anônima de seus representantes pouco aglomerados em um conselho
que ainda se limita a sonhar e discutir questões culturais que não tem
ressonância na sua elite política.
Diante desse momento,
talvez se possa compreender que não há muita diferença entre os conselhos de
cultura de Inhumas e de Goianira. Se Inhumas tem uma Secretaria de Cultura,
esta é mera pasta política, sem atuação e articulação com as instituições
culturais e artistas locais, isso tem contribuído inclusive que a produção
cultural fique esparsa, desacreditada e à miúde de editais e ou concursos
culturais ventilados via Fundo Estadual de Cultura e outra fontes de recurso
que se possa amealhar fora do âmbito municipal ou quando muito raro, na
iniciativa privada que visa somente à cultura do lucro.
O conselho inhumense já maduro, ainda aos
suspiros, tenta realizar através de seu mais tenaz representante, Prof. Carlos
Rodrigueiro, uma luta quase que inglória para efetivar diversas ações culturais
de que urgencia o município, a população e a própria cultura inhumense através
de reuniões e audiência pública. Este é um ponto significativo.
Já em
Goianira, não há uma Secretaria de Cultura, mas há leis que definem a
existência de um conselho e um fundo de cultura que, à toque de caixa, foram
devidamente engavetadas entre 1997 e 2003, ou seja, temos leis que regulamentam
a cultura mas sem o efeito legal que se espera simplesmente porque não dialogam
com o contexto atual, são quase que arcaicas. Este é um ponto inconteste.
O conselho
goianirense, ainda em tenra idade (criado em 15/08/2013), está no início de sua
atuação e tem por jornada a construção dos demais instrumentos de política
cultural de que nunca se teve nesta cidade geraldina: um Fundo de Cultura com
recurso ainda indisponível, o Plano Municipal de Cultura, uma Secretaria Municipal.
de Cultura e uma Sede própria. Neste caso, temos que a Cultura ainda não é um ponto
de referência, aliás procura sê-lo através dos representantes mais afincos
nesta causa pouco valorizada em nosso país. Todavia, persistem nas reuniões
mensais, trabalham para que o fazer cultural seja respeitado e não se realize
somente como ponto de encontro artístico ou ponto de convergência
de ideias, mas principalmente, como ponto real de desenvolvimento para
estas duas cidades.
Luciano Roriz
Nenhum comentário:
Postar um comentário